No Japão de antigamente, quando anoitecia, para iluminar o caminho, as pessoas conduziam lanternas de bambu-e-papel na ponta de uma vara, com uma vela acesa no seu interior.
Assim, ao deixar a casa de um velho amigo já tarde da noite, um homem cego, recebeu dele uma dessas lanternas. "Mas eu não preciso de lanterna," disse o cego. "Para mim, luz e escuridão são a mesma coisa..." "Eu sei que você não precisa de lanterna", respondeu o amigo, "mas é melhor você levar uma, para que as pessoas o vejam pois, caso contrário, alguém pode esbarrar em você..." Convencido pelo amigo, o cego partiu levando a lanterna. Mal começou a andar, alguém trombou com ele violentamente, quase o atirando ao chão.
"Olhe por onde você anda!", berrou-lhe o cego. "Será que você não viu a minha lanterna?"
"Eu peço desculpas, senhor, mas não pude vê-lo pois a sua lanterna está apagada..."
"Olhe por onde você anda!", berrou-lhe o cego. "Será que você não viu a minha lanterna?"
"Eu peço desculpas, senhor, mas não pude vê-lo pois a sua lanterna está apagada..."