Há algum tempo venho me lembrando desse livro, que li há muitos anos. A sua mensagem é profunda e apresenta uma reflexão sobre a incansável tentativa humana de captar o sentido do que nos acontece. Uma tarefa tão difícil - talvez quase impossível - compreender os desígnios da vida. E como, compreendendo, aceitando ou não o que nos é dado, temos apenas que continuar...
"Por que tenho que escolher entre salvar esta cidade, ou redimir o meu povo"?
"Porque um homem tem que escolher", respondeu o anjo. " Nisto reside a sua força: o poder de suas decisões".
"É uma escolha difícil: Exige aceitar a morte de um povo, para salvar um outro".
" Mais difícil ainda é definir um caminho para si mesmo. Quem não faz uma escolha, morre aos olhos do Senhor, embora continue respirando e caminhando pelas ruas."
"Além do mais", continuou o anjo "ninguém morre. A eternidade está de braços abertos a todas as almas, e cada uma continuará a sua tarefa. Há uma razão para tudo que se encontra debaixo do sol".
Elias tornou a levantar os braços para o céu. (...) "Por que Aquele que criou o mundo prefere usar a tragédia para escrever o livro do destino?
Os gritos de Elias ecoaram pelo vale e voltaram aos seus ouvidos.
" Você não sabe o que diz", respondeu o anjo. " Não há tragédia, mas o inevitável. Tudo tem sua razão de ser: Você só precisa saber distinguir o que é passageiro, do que é defintivo".
" O que é passageiro?" Perguntou Elias.
" O inevitável".
" E o que é definitivo?"
" As lições do inevitável".
Dizendo isto, o anjo afastou-se.
2 comentários:
Isso é verdade... o povo colocando a culpa no pobre do santo! Aiaiai... beijos
* comentário acima para o último post. ok?
comentário para este: adorei o trecho do livro, muito lindo!
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