7 de abril de 2010

Cola-Tudo

 
 
Encontrei um verso fraturado,
caído na esquina da rua do lado.
Tinha se perdido de um coração saudoso
que passava por ali, desiludido.
Coloquei-o de pé,
emendei seus pedaços,
refiz suas linhas,
retoquei seus traços.
Afaguei suas dores como se fossem minhas.
Agora, novamente estruturado,
espero que ele não olhe para trás.
E não misture sonhos
com amargas falências do passado;
que saiba enfeitar a estrela lá na frente
com fartos laços de rima colorida.
... pois é para o futuro que caminham
todos os passos apressados desta vida.

Flora Figueiredo

6 de abril de 2010

Chico Xavier

São tempos de Chico.
Nada melhor do que suas palavras.

“Tudo tem seu apogeu e seu declínio...É natural que seja assim; todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos o nada, eis que a vida ressurge, triunfante e bela!. Novas folhas, novas flores, na indefinida bênção do recomeço!...”


De quem enxerga o nada o tempo todo...

4 de abril de 2010

Truth quote.


Por que permitimos que uma coisa que não possuímos afete o modo como nos sentimos a respeito de tudo o  que temos?

Essa pergunta conseguiu sintetizar a forma como tenho me sentido nestes últimos dias, quando estou a duas semanas de completar 30 anos.
Uma idade fatídica, emblemática, definidora de como será o restante, de como serei no futuro.
E uma incômoda e permanente sensação de que falta muito, mas muito mesmo, para que eu possa dizer que esteja satisfeita com a vida.
Ou seja tudo o que fiz ou vivi até agora me parece desimportante e sem sentido. Nada do que tenha vivido ou carregado comigo serviu para me trazer a paz e a tranquilidade que almejo. 
Das pessoas que encontrei pelo caminho, dos lugares onde estive, nada permaneceu. Nada durou.
Não carrego certeza alguma e o peso das dúvidas me paralisa.
Quanto mais penso,  menos propensão sinto de comemorar qualquer coisa que seja.
O que  vivi, experimentei, ri, conheci não me habilitou a dizer que SOU FELIZ.
O que me falta tira, neste momento, o significado de tudo o que tenho, que é quase nada, porém mais do que possuem um sem-numero de pessoas menos afortunadas do que eu. QUE REALMENTE EXISTEM, E EU SEI.
Isso não deveria ser suficiente?

Tenho um caminho tão longo e desconhecido a percorrer... o tamanho do meu desânimo me assusta.