28 de setembro de 2007

Construindo Pontes

O que é uma ponte? Nada mais do que uma ligação. E se duas coisas precisam ser ligadas, é porque há, entre as mesmas, uma lacuna. Hiato.
Vivemos dias áridos, secos, quando é mais fácil omitir do que abrir o coração. Há muito muito tempo foi dito: As pessoas são solitárias porque constroem paredes em vez de pontes.
E é verdade. Construímos paredes com mentiras, com fofocas, com covardia. Não quero paredes. Quero pontes.
Sinto-me defronte a uma parede, a qual terminei por ajudar a construir, embora não tenha colocado um único tijolo...
Uma ponte serve também para unir pontos distantes. Pessoas separadas. Hiato.
Pessoas estão separadas somente quando a conexão dos sentimentos existentes entre elas se exauriu. Isso pode acontecer com separação física ou não... aliás, é mais triste ainda quando a solidão se instala entre os próximos.
Por outro lado, se existem pontes é porque temos necessidade de ligação, de estarmos juntos daquelas pessoas que acreditamos amar e nos amarem. Embora às vezes, não tenhamos tanta certeza assim aonde elas estão....

21 de setembro de 2007

Tente outra Vez!



Hoje peguei um texto na internet e lendo, me emocionei; mas uma emoção boa, daquelas que aparecem num momento de sinceridade, de crença, sentimentos geralmente encobertos pela ditadura do padrão que vivemos hoje, coisa que até já comentei em outro post.
Num impulso, peguei 90% da minha lista de contatos e mandei a matéria. O engraçado é que ao apresentar o texto para os amigos, mencionei a música do Raul Seixas, Tente outra vez, que diz tudo, e qual não foi a surpresa quando no meio da matéria tinha um trecho da mesmíssima dita cuja; Não é surpresa dizer que foi nesse momento que me emocionei.
Queria que todos acreditassem nisso, queria que todos se perdoassem, me perdoassem, se entendessem, me entendessem; nossas ações com os outros são puro reflexo das ações que temos para conosco. Se me amo, me compreendo, me aceito e me perdôo, facilmente estenderei essas atitudes aos que me rodeiam...parece chavão, parece clichê, mas tenho continuamente chegado à conclusão que é verdade.
Sei que dos que mandei, alguns lerão a mensagem, a maioria não, e apesar de querer que todos tivessem a sensação que eu tive ao ler a matéria, que podemos deixar pra trás o que nos não nos faz felizes, que podemos sempre recomeçar, isso não me deixa triste; Fiz o meu papel, fiz o que dizia o coração. Muitos deles fizeram parte, mesmo que de maneiras diferentes, de muitos dos meus fins, muitos dos meus recomeços e sei que tenho muito a dizer por isso... hoje eu tentei.

"Beba, pois a água viva ainda está na fonte, você tem dois pés para cruzar a ponte. Nada acabou, basta ser sincero e desejar profundo. Você será capaz de sacudir o mundo, vai!"
Tente Outra Vez, de Raul Seixas"

14 de setembro de 2007

É para dar opinião???

O Renam foi absolvido, o dólar está desvalorizado, se gosta
de uma pessoa q não tá nem aí pra você, pessoas que nutrem um sentimento legal se afastam, tem uns caras que preferem morrer por Alá a construir uma vidinha boa na terra mesmo, os casais se traem, sócios roubam um do outro, enfim, o mundo é assim: imprevisível e quase sempre incompreensível. Se de mazelas estamos cheios, o contrário tb é verdade, existem as amizades, existe a arte, a música, o mar, a lua, temos ainda um pedaço de natureza, tem a fé, né? Que nos ajuda a continuar caminhando, mesmo que não saibamos pra onde nem muito bem por que...
Eu falei tudo isso pq não sei o que dizer nesse momento...paciência? A vida é assim? Isso acontece? Era a crônica de uma morte anunciada... diferentes todos nós somos, em um outro aspecto e às vezes as necessidades estabelecidas por um casal se chocam irremediavelmente, às vezes pra sempre, outras não, quem poderá dizer... ( olha aí outro papel pra esperança, sempre ela... não sei se ajuda ou atrapalha). Aí sempre vem a fase do sofrimento, da troca de acusações e aparentes verdades sempre sentidas, porém nunca ditas.. sentimentos não atendidos, frustrações vividas e omitidas, expectativas quebradas... Como estabelecer regras, paramêtros para o que sentimos?
De pronto vejo que a coisa já começa injusta: eu te cobro pelas MINHAS expectativas, mas quem disse que a relação seria baseada somente nelas, que elas eram o manual do sentimento? Isso vale para os dois lados e acho que é por isso que sempre existirão os conflitos, assim como sempre existirão outras uniões, com outras expectativas a serem atendidas ou frustradas novamente... apenas pensamentos. Pois é, fico meio incapaz de dar uma opinião perfeita e acabada,por que fui profundamente influenciada por aquele tiozinho alemão, o Albert, aquele, que pegaram com a língua de fora, zoando com o mundo todo, dizendo: Te vira malandro, pois tudo é relativo!!!!

Dos posts nunca postados I

“ ... Um minuto o nosso beijo
Um só minuto; no entanto
Nesse minuto de beijo
Quantos segundos de espanto!...”


Uma pequena homenagem ao poetinha.... 18/08.

11 de setembro de 2007

Coisa de criança




Quem será essa figurinha?!... rsrsrsrsr

Tão faceira com o óculos branco, querendo enxergar o quê?

Essa falta de humanidade, esse mundo de máscaras e desamor que vejo hoje?

Essa inadequação dos sentimentos, essa impossibilidade das vontades em nome de uma determinada forma de viver, que viver?

A necessidade de encontrar um culpado, de apontar erros e criticar pessoas que não se enquadram no padrão posto?

Essa busca desenfreada por aquilo que não se deve querer, que não se pode segurar, que não tem fim?

Tenho saudade da criança que fui e de tudo que todos nós vivemos na infância e deixamos pra trás... a alegria por poucos motivos, a inocência , a crença nas pessoas, a sinceridade, a pureza do amor, a singeleza do sorriso .... sentimentos plenos, mas encobertos muitas vezes pelas camadas de fadiga, erros e desesperança.

Mas ainda hoje percebo um pouco da Paulinha criança gritando dentro de mim: Não consigo entrar no jogo fácil das aparências, não acredito que as pessoas possam simplesmente ser tão superficiais assim, e me desaponto ao perceber que quase sempre é isso mesmo.... não perco o hábito antigo de acreditar... nem que para isso frequentemente tenha que arcar com a decepção.

Só me resta desejar sorte à essa pessoinha feliz aí de cima....