28 de novembro de 2009

Viu?



Tem gente que pensa que é (só) brincadeira...pra encenação, o teatro. Vida real não.

27 de novembro de 2009

Deseje!



Há algum tempo, recebi um recado no orkut: " E pela minha lei, a gente era obrigado a ser feliz" , um trecho da Música João e Maria, do Chico.
Bem na época que eu recebia o primeiro exemplar da minha récem-adquirida assinatura da Vida-Simples:
" É melhor ser alegre que ser triste".
Bem mais palatável.
Sem entrar no mérito das mensagens, que afinal, finda por ser o mesmo: embora a tristeza esteja  para a vida como as moléculas de hidrogênio estão para a água, o melhor caminho sempre vai ser aquele que apontar em sentido contrário a este sentimento. Sem negá-lo, mas também sem alimentá-lo. Tristeza, como tudo o mais, é coisa que dá e passa. Convém deixá-la ir rapidinho, e aproveitar o máximo possível esta viagem...

Mas "obrigada", nem felicidade, obrigada.
O ser humano é um bicho danado. Tirem-lhe a vontade, não lhe restará quase nada. Sem vontade, nada funciona, sem desejo, nada se move. Por obrigação, qualquer coisa vira um peso: "quem anda duzentos metros sem vontade, anda seguindo o próprio funeral, vestindo a própria mortalha". Walt Whitmann. 
É....
Onde está nosso desejo estará o movimento, e portanto o caminho a ser seguido.
Todo o resto é luta vã.


24 de novembro de 2009

Soberba Clarice.



"É. Mas parece que chegou o instante de aceitar em cheio a misteriosa vida dos que um dia vão morrer. Tenho que começar por aceitar-me e não sentir o horror punitivo de cada vez que eu caio, pois quando eu caio a raça humana em mim também cai. Aceitar-me plenamente? é uma violentação de minha vida. Cada mudança, cada projeto novo causa espanto: meu coração está espantado. É por isso que toda a minha palavra tem um coração onde circula sangue."

in Um sopro de vida

20 de novembro de 2009

Sorria...



O sorriso é elegante. E, também, tudo o que o acompanha: o bom-humor, a alegria, a paz interior. O sorriso é a melhor coisa que podemos oferecer aos que estão ao nosso lado.
(Miguel-Angel Martí García)


Sexta!



Let´s dance kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

17 de novembro de 2009

Amar pode dar certo.



" A cada dia, mais pessoas aceitam passivamente a solidão como uma inevitável companheira, seja vivendo sozinhas, seja permanecendo em relacionamentos frustrantes, totalmente sem esperança de ser felizes com alguém.
Em vez de nos decepcionarmos com o amor, é importante que nos questionemos a respeito da nossa forma de amar e sobre as idéias que  temos quando resolvemos viver com alguém.
Nesses anos de mudanças radicais no mundo, precisamos ter a coragem e a criatividade para novamente valorizar o amor e construir maneiras diferentes de estar com alguém.
É claro que o amor continuou o mesmo, mas a correria da vida moderna fez com que muitas pessoas se esquecessem de que amar alguém exige dedicação e paciência.
Encontramos quase tudo pronto. Comida congelada, fast-food, roupas, carros e bebidas de todas as partes do mundo. Mas como encontrar uma amizade ou um namoro em um balcão de uma loja de conveniência? Muitas pessoas têm a ilusão de que vão encontrar o relacionamento pronto e, quando percebem que terão de dedicar seu tempo, carinho e atenção, simplesmente jogam fora esse amor como uma garrafa descartável.
Os hábitos do mundo moderno estão nos iludindo sobre a essência de uma relação afetiva.
O amor é eterno e maravilhoso em sua essência, capaz de realizar as mais importantes transformações em um ser humano, mas as pessoas atualmente se machucam muito porque não aprenderam a amar de uma forma plena.
O casamento, o namoro e o noivado tradicionais já não traduzem as necessidades do ser humano. Novas
formas de casamento foram criadas para dar condições às pessoas de ser felizes à sua maneira. Muitos casais foram morar juntos sem nenhum vínculo formal, enquanto casais casados decidiram morar em casas separadas. Os relacionamentos mudaram tanto que foram necessárias novas nomenclaturas para descrever as formas de estar juntos. Os adolescentes inventaram o ficar. Os adultos inventaram a amizade colorida. Tem gente que namora pela internet, sem coragem de se encontrar pessoalmente com o namorado. Tudo isso é reflexo da busca de um novo modelo que dê às pessoas condições de ser felizes no amor e de vencer a insegurança que sentem em amar.
O crescimento profissional da mulher quebrou o equilíbrio neurótico que havia nos antigos casamentos.
Esse avanço feminino no mercado de trabalho tem transformado radicalmente as relações afetivas, pois a mulher que antigamente queria segurança no casamento hoje procura amor. O homem, que sempre se
preparou para dar segurança econômica e mandar, está perdido, ainda não sabe o que fazer. A mulher experimentou o sucesso profissional, mas ainda não descobriu uma postura no casamento que lhe proporcione felicidade no amor.
Por isso a maioria das pessoas ainda pensa que o amor dá muito mais trabalho do que felicidade.
Mulheres e homens estão sofrendo por viverem a indefinição de não sentir mais prazer no tipo de relação de antigamente, mas ainda não terem construído uma nova forma de viver juntos.
A incerteza talvez seja a nossa maior companheira nos dias atuais.
As dúvidas passeiam por nossa mente sem encontrar respostas tranqüilizadoras.
Por esse motivo, o sentido do relacionamento a dois transcendeu a própria paixão e o romantismo. Nos próximos anos, a palavra-chave para o relacionamento amoroso será amizade.
Hoje, as pressões são tão intensas que o relacionamento em que o casal não for amigo estará condenado à separação. No meio de tanta angústia só há uma forma de caminhar para a solução: sentar para conversar e um procurar compreender o mundo do outro, sem críticas nem julgamentos, mas com a curiosidade de uma criança que abre um presente novo. É fundamental que os dois se unam para conseguir sonhar juntos, fazer planos e realizar suas metas.
Compreensão passou a ser uma virtude fundamental para quem quer amar. Aquele que pressiona o outro vai ser deixado de lado, porque já temos muito mais cobranças do que podemos suportar. A sedução (essa
capacidade de despertar no outro o desejo de nos amar) passou a ser importantíssima, pois nos convida a estar junto sem cobranças - como se estar juntos fosse um dever a cumprir.

A vida dá voltas. Mesmo.
E numa dessas, me lembrei desse livro, que li a séculos.
Logo de início vem essa introdução, que nos remete diretamente ao ponto em que vejo os relacionamentos hoje em dia. Em maior ou menor grau, sempre temos questões a ser resolvidas no aspecto sentimental. Em maior ou menor escala, temos dificuldades em estabelecer relacionamentos saudáveis e lvres das amarras de um passado no qual a conveniência falava mais alto do que a vontade de estar junto.
Estar junto nunca pode ser uma conveniência, uma obrigação. A essência do amor hoje em dia é a liberdade. Eu sou completo eu sou feliz, eu sou realizado e quero estar contigo por que é bom e agradável estar com você. Mas essa afirmação não pode ser posta assim, como se colocam cartas na mesa. Uma coisa certíssima que o texto traz é que não se pode estar junto por cobrança. Se pode estar junto tão somente por que é bom estar junto, por que se quer, por qualquer motivo, a presença daquela pessoa. Sem encanto, não há envolvimento, e sem esse, nenhum relacionamento vai pra frente. Lembrando-me de outro texto querido " não quero a faca nem o queijo. quero a fome."
O amor não está numa prateleira esperando ser "adquirido" , como fala o  Shinyashiki. Não se faz um namoro em 5 dias. Não se pode criar uma situação, nem forçar a barra para que se consolide algo que nem existe. Para acontecer um namoro, não basta uma declaração de intenções.
A vida dá voltas.
Lá vem a vida mostrando o que não se tem enxergado.

Graças a Deus.

12 de novembro de 2009

Os Flamboyants por Rubem Alves



Recebi esse texto da Tici... ô amiga pra ter bom gosto essa...

"A manhã estava linda: céu azul, ventinho fresco. Infelizmente, muitas obrigações me aguardavam. Coisas que eu tinha de fazer. Aí, lembrei-me do menino-filósofo chamado Nietzsche que dizia que ficar em casa estudando, quando tudo é lindo lá fora, é uma evidência de estupidez. Mandei as obrigações às favas e fui caminhar na lagoa do Taquaral.
Bem, não fui mesmo caminhar. Meu desejo não era médico, caminhar para combater o colesterol. Caminhar, para mim, é uma desculpa para ver, para cheirar, para ouvir... Caminho para levar meus sentidos a dar um passeio. Tanta coisa: os patos, os gansos, os eucaliptos, as libélulas, a brisa acarinhando a pele — os pensamentos esquecidos dos deveres. Sem pensar, porque, como disse Caeiro, "pensar é estar doente dos olhos". Aí, quando já me preparava para ir embora, já no carro, vejo um amigo. Paramos. Papeamos. Ele, com uma máquina fotográfica. Andava por lá, fotografando. Não tenho autorização para dizer o nome dele. Vou chamá-lo de Romeu, aquele que amava a Julieta. Me confidenciou: "Vou fazer uma surpresa para a Julieta. Ela adora os flamboyants. E eles estão maravilhosos. Vou fazer um álbum de fotografias de flamboyants para ela... Você não quer vir até a nossa casa para tomar um cafezinho?"
Fui. Mas ele me advertiu: "Não diga nada para ela. É surpresa..."
(...)
Pois a Julieta — aquela do Romeu — me trouxe uma pipa de presente. Vou empinar a pipa em algum gramado da Unicamp. E aí ela nos contou da surpresa que lhe fizera o Romeu. Fotografias de flamboyants vermelhos — que coisa mais romântica! Árvores em chamas, incendiadas! Cada apaixonado é um flamboyant vermelho! E nos contou das coisas que o Romeu tivera que fazer para que ela não descobrisse o que ele estava preparando.
Mas o mais bonito foi o que ele lhe disse, na entrega do presente. Não sei se foi isso mesmo que ele disse. Sei que foi mais ou menos assim: "Sabe, Julieta, aquela história de ter um ano apenas a mais para viver... Pensei que você gostava de flamboyants e que você ficaria feliz com um álbum de flamboyants. E concluí que, se eu tiver um ano apenas a mais para viver, o que quero é fazer as coisas que farão você feliz..."
Um ano apenas a mais para viver: aí os sentimentos se tornam puros. As palavras que devem ser ditas, devem ser ditas agora. Os atos que devem ser feitos, devem ser feitos agora. Quem acha que vai viver muito tempo fica deixando tudo para depois. A vida ainda não começou. Vai começar depois da construção da casa, depois da educação dos filhos, depois da segurança financeira, depois da aposentadoria...
As flores dos flamboyants, dentro de poucos dias, terão caído. Assim é a vida. É preciso viver enquanto a chama do amor está queimando..."

9 de novembro de 2009

Twittando



Take 1: Esse final de semana, almocinho agradável no passeio público, conversando sobre o twitter, mania que vem espraiando e atingindo a massa. Parece que hoje, quem não twitta se trumbica. Esqueçamos a idéia de solitude e privacidade. A cada dia são criadas novas ferramentas para que fiquemos cada vez mais conectados ao mundo e aos outros, e em contrapartida vamos nos tornando mais neuróticos em estarmos ligados no que acontece na vida das pessoas que fazem parte do no nosso círculo de vivência e também das que não  - pasmem, agora nós queremos saber também da vida do amigo da prima do amigo do colégio que hoje mora no exterior.
Seria muito fácil criticar quem faz, mas compreendo que este é uma situação meio irreversível.  Às vezes acontece, estamos a um clique de saber o que o tal paquerite fez naquele final de semana em que não apareceu, por exemplo. Quem nunca fuçou orkut de alguém atire a primeira pedra. Chego mesmo a desconfiar que ele foi feito para ser fuçado kkkkkkkkkk.
Se foi ou não, não sei, mas o fato é que podemos nos tornar vítimas das ferramentas criadas para unir, divertir e entreter. Como para tudo mais na vida, é preciso estar atento...
Take 2: Estou dando minha passada matinal no orkut na segunda, também conhecida como hoje, quando uma amigona minha deixa um dep dizendo que fez um twitter pra mim ( sincronicidade pouca é bobagem). Entrei no microblog. Já tinha dois followers (!!) Followers? Lá fui eu procurar aprender o twittês... mais uma coisa pra gente ficar ligado.
Mas até que eu gostei. Dei umas twittadas e agora vou atrás de seguir o povo e ser seguida. É uma perseguição danada!!! Tô no @paulamirlla.
Falando disso me veio à mente um texto muito bacana que vi na web, o qual questionava o fato de todo mundo ser feliz no orkut. Uma reflexão bastante pertinente, e como aqui no meu velho blog não tenho limitação de nada, vou deixar um post com duas mil palavras, ao invés dos míseros 140 caracteres lá do passarinho. Bem bonintinho o bichim.

E vc, tem orkut?

Todo mundo é feliz no Orkut. Nos quadradinhos, as melhores fotos. Nas fotos, os melhores sorrisos. E tem que ser assim. Caso contrário seria um desfile de fotos de lápides. Todos sérios. Em preto e branco. Sem muito a dizer. Ou a dizer o essencial. Isso torna-se chato rapidamente. Sem tempero. Ademais, imagine uma página de Orkut cheia de fotos sem sorrisos. O legal é ter muitos quadradinhos com fotos, quanto maior o número de quadradinhos maior será seu leque de amigos. Só quem já entrou no Orkut de alguém que tem poucos amigos sabe o quanto isso é frustrante. Um impacto. É estar frente a alguém totalmente antissocial, isso para não dizer antipático, de difícil convívio.
A engrenagem não pára, quanto maior o número de quadradinhos de alguém, maior a chance de encontrar um conhecido no meio deles, ler seus recados, fuçar nos álbuns de fotos e saber de tudo. Matar a curiosidade. E ainda, no final da pesquisa, ganhar um amigo. Sim. Há a chance de acrescentar um quadradinho na sua página e ganhar mais um amigo. Aproveite!
Os álbuns refletem, de maneira geral, a autenticidade das relações contemporâneas.
São fotos alegres, de baladas, muitos amigos “de verdade”, “para sempre”, viagens inesquecíveis, beijos apaixonados e relacionamentos perfeitos. Todos bem sucedidos. A impressão de completude é fato.
O excesso de exposição é apenas um detalhe. Um prego a mais para fixar o Ego na parede. E o que é um prego na vida de alguém?
Nos recados e comunidades notam-se alguns escorregões. Como já dizia a vovó, ninguém consegue mentir o tempo todo. Nem o Orkut é perfeito.
Descobrir que o parceiro gostou de outro quadradinho e juntos formaram um belo retângulo, no qual cabem dois travesseiros, é uma clássica desgraça geométrica. Coisas de Orkut.
Também é frequente saber que os amigos programaram encontros, baladas, almoços, e que seu quadradinho não foi convidado. O mais legal é ver as fotos desses eventos. Saber-se excluído de tantos momentos felizes e perfeitos. Fique calmo. Você vai ser convocado. Para ouvir lamúrias, preencher os momentos de solidão e ouvir histórias repetidas do amor que acabou. Não adianta fotografar. Essa não vai pro Orkut.
Cá prá nós, algumas coisas não cabem por lá. Pedem mais que uma coleção de quadradinhos a sorrir.
Tá triste? Olha o passarinho!!!
Tire uma foto bonita e diga:
“Essa vai pro Orkut.”

IARA





6 de novembro de 2009

Escrever ou viver....



Eu já tinha percebido, e agora estou tendo certeza...
Ou eu falo sobre a vida, ou faço a vida acontecer.
Por mais tentandora que a primeira alternativa seja,
Estou por me deixar levar pelo que ainda vai ser.

E já está sendo....