4 de março de 2009

Suas palavras falam por si mesmas.




Vai passar?
Está passando.
Passou...

Passar passando passou
e fiquei esperando sem perceber
que o passar
passando
passou

gassho
coen

Uma das coisas que sempre me interessou no Budismo é a fomra como esta doutrina encara a questão da impermanência. Para os Budistas, as condições são todas elas transitórias e o apego à elas gera sofrimento... é curioso como no nosso dia a dia, fingimos não ver ou ignoramos a máxima de que tudo muda... que é improdutivo e desgastante querer manter pessoas, situações, momentos, coisas... nada, absolutamente nada dura para sempre, principalmente nós... porém é a negativa da finitude que nos impulsiona ao apego, a eterna busca da aquisição de posses, como se fôssemos eternos, e não meros passageiros deste planeta, o que de fato somos.
A consciência da limitação da vida nos faz enxergar tudo com outros olhos. A encarar o agora como única realidade, pois o passado e o futuro não passam de meras abstrações. Como ensina o próprio Dharma, passamos a ver tudo com olhos de criança, maravilhados com a novidade e impressionados com a grandeza de podermos estar aqui vivendo e aprendendo. Evoluindo... que idéia libertadora...


Esse post foi uma singela homenagem a Sangha de estudos do Zen em Joinville... grupo que tem me nutrido de conteúdo zen.

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