24 de julho de 2009

Só de mau...vou ser feliz. Tchauuuuuuuuuuuuu




Acredito muito em vontade.
Depois de muito ler e meditar à respeito, acho que a disposição intencional para algo é um requisito indispensável para efetivamente se conseguir o que se deseja.
Não é a fórmula simplista do querer é poder.
Afinal de contas, estamos submersos em meio a uma série de circunstâncias realmente incontroláveis.
È no sentido de que é possível sim optarmos pela nossa condição interna. Como a bela frase que diz que “ haverá sol dentro de mim, independentemente do tempo que esteja lá fora”.
Motivos para tristeza? Meu Deus... tantos e tão vários...
Mas, mesmo com a existência real de tais motivos, acredito que é possível e viável sermos e nos dizermos felizes.
Se me encontro em ambientes hostis, sob circunstâncias adversas, convivendo diariamente com pequenos desgostos e algumas irrealizações tenho que me mimetizar e entrar na onda negativa?. Se, enfim, por qualquer razão, estou com problemas, além disso tenho que ficar triste?
Não pode ser apenas ruim, tem que ser péssimo? Não dá, né?
Somos livres. Livres para escolher, como de fato fazemos, mesmo que inconscientemente o que vivemos. A nossa vida, nossas conquistas, nossos caminhos são propriedades nossas.
Bem assim o nosso estado de espírito.
É o que acredito.
Embora isso não queira dizer que eu nunca tenha, como todos nós, me deixado levar pelas circunstâncias, em determinados momentos permitindo que os sentimentos direcionassem minhas ações. Infelizmente.
Os sentimentos são ladinos. Respostas emocionais, arrebatadas, imediatas não são reações inteligentes, pois provenientes de uma parte do cérebro que “ não pensa”. Nunca esqueço daquele livro do Daniel Goleman, a inteligência emocional, que explica isso direitinho.
Por isso, rejeito em mim mesma e nos outros decisões emocionais.
Prefiro, mil vezes, as decisões racionais.
Como a de ser feliz.
Independentemente de qualquer coisa ou pessoa.
Manuel uma vez disse – e ele bem sabia o que estava dizendo: tenho todos os motivos menos um de ser triste.
Claro, sem dúvida nenhuma: um poeta lá esteve antes de mim.
Tenho todos os motivos menos um de ser triste:
Quero ser feliz.
Isso tudo veio a propósito de uma festa. Sim. Uma festa. E eu vou pra ela. E na verdade, já me sinto nela. È como se festa fosse um pouco parte de mim.
E, mesmo com tudo contra. Eu SEI que vou estar ( mais ) feliz.... rsrsrsrrsrs
Oba!
Só de mau...vou ser feliz. Tchauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu



Não sei dançar

Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria.
Tenho todos os motivos menos um de ser triste.
Mas o cálculo das probabilidades é uma pilhéria...
Abaixo Amiel!
E nunca lerei o diário de Maria Bashkirtseff.
Sim, já perdi pai, mãe, irmãos.
Perdi a saúde também.
É por isso que sinto como ninguém o ritmo do jazz band.
Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu tomo alegria!
Eis aí por que vim assistir a este baile de terça-feira gorda.
Mistura muito excelente de chás...
Esta foi açafata...
- Não, foi arrumadeira.
E está dançando com o ex-prefeito municipal:
Tão Brasil!
De fato este salão de sangues misturados parece o Brasil...
Há até a fração incipiente amarela
Na figura de um japonês.
O japonês também dança maxixe:
Acugelê banzai!
A filha do usineiro de Campos
Olha com repugnância
Para a crioula imoral,
No entanto o que faz a indecência da outra
É dengue nos olhos maravilhosos da moça.
E aquele cair de ombros...
Mas ela não sabe...
Tão Brasil!
Ninguém se lembra de política...
Nem dos oito mil quilômetros de costa...
O algodão do Seridó é o melhor do mundo?... Que me importa?
Não há malária nem moléstia de Chagas nem ancilóstomos.
A sereia sibila e o ganzá do jazz-band batuca.
Eu tomo alegria!

Manuel Bandeira

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