6 de setembro de 2009

O Labirinto


Amar é conquistar uma jóia que se encontra do outro lado de um grande labirinto. Para alcançá-la, é preciso ter a coragem de enfrentá-lo.

Ultrapassar um labirinto nunca é fácil. Nos perdemos, damos voltas repetidas, rumamos sem indicação, não sabemos por onde seguir, encontramos paredes intransponíveis. Achamos que chegamos ao fim do desafio, para percebermos que apenas retornamos ao mesmo lugar.

Às vezes, é preciso voltar ao início. Conceber novas formas de identificar a trilha certa no emaranhado de possibilidades de direção e recomeçar a jornada. Para conquistar o labirinto, precisamos primeiramente, conquistar a nós mesmos: desconstruir aquilo que consideramos correto e justo, certo, definido. É necessário olhar as coisas de jeito novo. Encontrar outras saídas.

Há quem nunca enfrente o desafio, vivendo à margem do sentimento. Há quem dê passos tímidos e volte ao perceber os primeiros sinais da falta de controle que a busca impõe: para achar o amor, devemos nos perder. É um preço demasiado alto e por isso que tantas pessoas passam pela vida sem conhecer a centelha divina que habita em cada um.

Ela adquire vida quando alcançamos a jóia.

Por isso, viver com amor supera todas as desilusões que podemos encarar ao atravessar o labirinto. E faz com que todos os dias nos arrisquemos à sua procura.

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