14 de setembro de 2009

Um jeito novo de caminhar.


Ninguém sabe o que há dentro de si,
até ter que colocar pra fora.
                       Ernest Hemingway


"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro". Clarice Lispector.

"Daqui vinte anos você estará mais decepcionado pelas coisas que você não fez do que pelas coisas que você fez. Portanto livre-se das bolinas. Navegue longe dos portos seguros. Pegue os ventos da aventura em suas velas. Explore. Sonhe. Descubra." (Mark Twain) 

CARTAS DE AMOR
     (Fernando Pessoa)

Todas as cartas de amor
são ridículas.

Não seriam cartas de amor
se não fossem  ridículas.

Também escrevi, no meu tempo,
cartas de  amor como as outras,
ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
têm de ser ridículas .

Quem me dera o tempo,
em que eu escrevia
sem dar por isso, cartas de amor ,
ridículas.

Afinal,só as criaturas
que nunca escreveram Cartas de amor
        É que são ridículas...


Dando voz ao que vai no meu peito.

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