8 de dezembro de 2008

Day one


A saída de casa para o aeroporto.
A primeira sensação. O começo da viagem é também a largada para seu final. E o que fazer então? Apenas a única coisa possível, aproveitar cada momento.
A chegada no Rio e o rosto amigável do caroneiro. O que mais deseja quem chega se não um belo sorriso de boas vindas?
O dia estava lindo. Coloquei na cota da sorte, que eu já sabia estar gastando...rsrsrsr. Um engarrafamento na saída do aeroporto, e time rolando rolando...
A chegada meio insegura na minha nova "casa". Uma coisa muito diferente, e mesmo por isso, com certeza, vai marcar muito mais do que se fosse meramente normal...
Um dia ótimo, com uma praiazinha bem no posto 9 em Ipanema e um papo que rendeu rendeu rendeu.
Decididamente, entrei com o pé direito na cidade maravilhosa.
E ainda, uma noite por aí....mais coisas boas....

2 de dezembro de 2008

Vem vindo por aí...



Preciso confessar. Tá chegando a hora e a ansiedade aumenta....

Do EGO " A turnê Sticky & Sweet, que Madonna apresenta no Brasil a partir do próximo dia 14, tem números impressionantes. São necessários cinco dias, trabalhando 24 horas diárias, para a montagem do palco e dos cenários do show; cinco vans apenas para levar a cantora e seus bailarinos para o local das apresentações e cinco salas apenas para as áreas de alimentação dos artistas e produção.

No staff da cantora, são mais de 220 profissionais, entre eles seis tradutores. São 69 guitarras, 3500 peças de figurino, 5 trocas de roupa em cada apresentação, 100 pares de modelos antigos de meias tipo "arrastão" adquiridas por Madonna em lojas de dança e pela internet. Só de caminhões, são 30 para transportar os figurinos para cada show. A produção conta também com quatro freezers gigantes para carregar bolsas de gelo para Madonna e dançarinos.

Do lado de fora do palco, a estrutura montada para os fãs também impressiona. Serão 210 banheiros químicos instalados no Morumbi e 170 no Maracanã, além dos banheiros fixos dos estádios, 10 postos médicos, 700 homens cuidarão da segurança particular dentro dos estádios, além de contigentes da Polícia Militar e Polícia civil, e 140 bombeiros.
Ai ai ai ai!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Rio Here I GOOOOOOOOOOO!!!!

O que vem de dentro


Minha beleza não é efêmera

Como o que eu vejo


Em bancas por aí


Minha natureza


É mais que estampa


É um belo samba


Que ainda está por vir...




Bobagem pouca


Besteira...


Recíproca nula


A gente espera


Mero incidente


Corriqueiro


Ser mulher


A vida inteira...

30 de novembro de 2008


Bem, começa a contagem regressiva. Daqui a duas semanas estarei no meu primeiro grande show internacional, e logo com a " Rainha do pop". Mais do que coisa de fã ( o que aliás nem me considero, pelo menos em comparação aos acessos de fisson que tenho observado pela tv e internet dos mais afoitos) meu post está intimamente relacionado à consciência que possuo em relação ao papel da Madonna na indústria cultural do mundo desde a decada de 80. Sim, gosto das suas músicas, sim, tenho um show dela em DVD, sim, quero encher meus olhos com um - de fat0 - mega espetáculo, coisa que ainda não experimentei. Estou ansiosa.

Por uns momentos, o fato de passar uns dias na cidade maravilhosa até encobriu o grande motivo pelo qual estarei lá, mas isso fica pra outro dia.


O Zeca Camargo tem um exclente blog na globo.com, e há um tempo ele resolveu escrever sobre a " Madge" rsrssrsrsrs, a propósito dos seus cinquenta anos. Pela propriedade de suas palavras ( o cara manda bem demais!) segue o texto, que quero ter guardado pra mim no meu espaço virual:



" (...) Quando, nesse post, comparei Michael ao grupo peruano Los Saicos, já esperava um certo criticismo - que, aliás, veio logo na seqüência da publicação do tal post.
Mas isso foi há seis meses? Por que, de repente, fãs em estados alterados me cobravam que eu reagisse ao trabalho de Michael Jackson da mesma maneira que eles: considerando-o imune de qualquer crítica? Já estou acostumado com fãs com essa postura, mas a defasagem das “réplicas” que chegavam - a mais recente é de ontem! - me pareceu ligeiramente deslocada. Mas aí me lembrei que o aniversário de Jacko - como ele é às vezes citado - estava chegando: ele faz 50 anos no próximo dia 29!
Aí estava a explicação que, de certa forma, trazia um conforto para minha perplexidade diante da reação tardia de seus fãs. Um detalhe porém continuava a me incomodar: o fato de que boa parte desses fãs que escreviam representar pessoas furiosas por eu ter comparado Michael Jackson à Madonna - o que, inevitavelmente colocou a outra cinqüentona do mês em posição vantajosa…
Mais especificamente, me chamou a atenção, entre gente que me chamou de “desenformado” (sic) - talvez um elogio, se essa neologismo quisesse expressar que eu estava pensando “fora da forma” (ou do quadrado!) - ou que afirmou que eu poderia me expressar “como queira, mais (sic) dizer que dizer que esse álbum thriller não é 100% perfeito aí você (eu) está (estou) errado”, os comentários que me deixaram realmente intrigados foram os que acharam injusto o fato de eu afirmar que “foi só com Madonna que o formato entrou na vida adulta”.
Alguma dúvida quanto a essa afirmação? Ora, enquanto Jackson levava a namorada para assistir filme de terror e comer pipoca, Madonna simulava masturbação no palco ao cantar “Like a virgin” - lembrando, que ela estava vestida de noiva…
Só por isso, os 50 anos de Madonna valem a pena serem mais celebrados que os de Michael Jackson. Afinal, desde os anos 80, é ela que nos ensina a ser adultos ligeiramente perversos - não escravos de nossas fantasias (as sexuais incluídas), mas donos absolutos delas. E se um dia ela precisou ser explícita com relação a isso - vide “Erotica” - cada vez menos ela foi usando o sexo para celebrar a liberdade. E nem por isso deixou de passar sua mensagem.
A liberação que Madonna incita em cada um de nós, a cada novo álbum, tem a ver com espiritualismo, consciência política, simplesmente música, nostalgia, ou pura autenticidade (não preciso ser óbvio e dizer cada música que ela usou para passar essas mensagens, preciso?). Recentemente, inclusive, o próprio tema da idade serve a seus propósitos, como ela insinua no seu mais recente álbum, “Hard candy”.
E é essa Madonna que eu gostaria que todos celebrassem nesses 50 anos: a eterna liberadora; a provocadora “conseqüente”; a dominatrix de araque; a tutora sacana; a iluminada intuitiva; a infinita fonte de inspiração. O pop - e todo o mundo do “showbizz”, na verdade - teria tomado um rumo diferente se ela não tivesse existido. Às vésperas de seus 50 anos, ela está na capa da “New York” não porque ela está apontando para a decadência, mas porque ela revela um novo rosto para as mulheres da sua idade. Esse é seu segredo: saber ser o pivô do assunto da hora, independente da sua oferta musical. Mesmo que seu trabalho mais recente não tenha sequer arranhado a marca de vendas dos anteriores, ninguém deixou de comentá-lo. Centenas de artigos sobre ela foram escritos sem que ela desse uma entrevista - apenas porque esses veículos tinham uma nova desculpa para falar novamente dela (no caso, “Hard candy”). Brilhante!
Há quase 30 anos esse ciclo se repete - e quer motivo melhor que esse para celebrar o aniversário da mulher por trás desse “loop” de fascinação e escárnio?
Eu cá vou acender a minha velinha, colocar “Like a prayer”, “Cherish”, “Hung up”, “Rain”, “Erotic”, “Music”, “Like a virgin”, “Hollywood”, “Into the groove”, “Who’s that girl”, “Holiday”, “Sorry”, “Justify my love” e “Material girl” em alta rotação no meu iPod, apertar o “play” do meu iPod, e cantar “Parabéns a você”. E “você” não é aquela que celebra seus 50 anos, mas você aí, que me lê, e que é fã dela - de Madonna.
A única que, a cada vez que vem com uma música nova nos faz sentir como se tocados pela primeira vez. Você sabe o que eu quero dizer…




27 de novembro de 2008

Felicidade

Meu post seria, inicialmente, sobre a paz.
Eu sempre começo pela imagem, ou seja, o contrário do que seria normal fazer.
Mas nem todo mundo é igual, e nem todo igual é normal.
Então, ao navegar pelas imagens, lançando em cada tentativa argumentos que me pudessem levar a uma figura ideal, deparei-me com uma daquelas descobertas aparentemente despretensiosas mas que mais conseguem dizer a respeito de nós mesmos.
Para mim, paz e felicidade são conceitos indissociáveis. Mais do que sinônimos, mais que representações do mesmo sentimento. São a mesma coisa.
Se estou em paz, estou feliz.
A despeito de condições externas não favoráveis, apesar das insatisfações quotidianas, sejam mundanas ou transcendentais. Mesmo com o trânsito, o governo e a falta de dinheiro e " posição social".
E ainda que estas condições estejam presentes e sejam favoráveis, ainda não são um passaporte para a felicidade.
Felicidade não é algo a ser buscado. Ela se encontra num ponto em nós, ao qual chegamos quando a paz entra em nossas vidas.
A paz de contemplar uma bela paisagem.
A paz de sentir a água do mar batendo contra o corpo
A paz de trabalhar em prol dos objetivos desejados
A paz de poder ouvir o coração
A paz de conquistar sabedoria.
A paz de ficar tranquila.

" Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito"
Clarice Lispector

10 de novembro de 2008

Orgulho!


Ontem fui assistir à OSESP, que está em turnê nacional.

A música clássica, como muito bem falou o (excelente) Regente Jhon Neschilng, não se populariza. Mas é preciso que se dê acesso à ela, assim como a outras formas de expressão cultural, ouso acrescentar ao Maestro, pois que são nesses momentos, nos quais conseguimos experenciar de forma concreta a capacidade humana de transcender, de ser sublime, de chegar a um nível de beleza e perfeição tal, que esquecemos um pouco das bestialidades dessa mesma humanidade, de diferenças tão abissais, tão paradoxal... uma raça que gera Ghandis e Hitlers. Vá entender.

Ontem o que senti foi um baita orgulho dessa possibilidade de acesso a um tipo de música que não temos costume de ouvir. Apresentação gratuita, o parque lotado, uma platéia atenta, que, mesmo sem conhecer ( e nem precisar disso) sabia estar diante de uma manifestação artística de qualidade ímpar, de excelência técnica. Cantei o hino nacional com gosto...

Baita orgulho do Cearense que há quatro anos fez uma homenagem à Orquestra quando ela esteve no Ceará e ontem, já componente dela, foi chamado ao púlpito pelo Maestro, e ovacionado pelo povo que lotou o parque do Cocó (que bonito aquele tanto de gente...) prova de superação, de força de vontade de um cearense, de um nordestino, que chegou lá, numa história digna de ser contada. Aplaudi com gosto... e me senti orgulhosa, como se naquele momento a vitória daquele rapaz fosse um pouco minha também.

Enquanto eu estava sentada, fui invadida por várias sensações diferentes. Efeito da música. Música é pra isso, é pra mexer com a gente, seja externa ou internamente. A mais forte, e que está me acompanhando até agora, foi a constatação de que por mais que o mundo que a gente vive seja cheio de senões e que a nossa vida seja cheia de insatisfações.... ( a festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou. E agora, José?)...

HÁ REALMENTE UM LUGAR ONDE A PAZ PODE EXISTIR, E ONDE PODEMOS ACHAR O NOSSO PORTO SEGURO APESAR DE TUDO– ELE ESTÁ MESMO DENTRO DA GENTE... ONTEM EU SENTI ISSO CLARAMENTE..

Baita orgulho de mim mesma!

26 de outubro de 2008

A lanterna


No Japão de antigamente, quando anoitecia, para iluminar o caminho, as pessoas conduziam lanternas de bambu-e-papel na ponta de uma vara, com uma vela acesa no seu interior.
Assim, ao deixar a casa de um velho amigo já tarde da noite, um homem cego, recebeu dele uma dessas lanternas. "Mas eu não preciso de lanterna," disse o cego. "Para mim, luz e escuridão são a mesma coisa..." "Eu sei que você não precisa de lanterna", respondeu o amigo, "mas é melhor você levar uma, para que as pessoas o vejam pois, caso contrário, alguém pode esbarrar em você..." Convencido pelo amigo, o cego partiu levando a lanterna. Mal começou a andar, alguém trombou com ele violentamente, quase o atirando ao chão.

"Olhe por onde você anda!", berrou-lhe o cego. "Será que você não viu a minha lanterna?"

"Eu peço desculpas, senhor, mas não pude vê-lo pois a sua lanterna está apagada..."

2 de outubro de 2008

She´s not me


ELA SEMPRE TEVE A CONVICÇÃO DE QUE NÃO PODIA CONTROLAR SEUS SENTIMENTOS , SEUS DESEJOS , AMORES E SOFRIMENTOS... MAS NÃO ERA BEM ASSIM...
Com o tempo , ela começou a se ouvir mais, tentando se entender ... se dando conta que sua cabeça era mais confusa do que ela imaginava, (ela imaginava demais... ) ... Ela era uma menina meio calada, gostava de ler porque assim conseguia colocar um pouco de ordem em suas divagações sentimentais....
ELA AMOU MUITO SEM SABER QUE TUDO AQUILO ERA RARO E IMPORTANTE, E ERA AMOR ...
DE REPENTE, ELA FICOU INQUIETA, ANSIOSA, IMPULSIVA E JOGOU TUDO PRO ALTO !
Sim, ela era ainda uma menina... ela apenas queria aprender mais... sentir-se uma borboleta, mulher independente, adulta e voar por outros ares ... Mas na prática ... tudo pareceu muito diferente do que ela imaginava, meio sem graça, meio sem cor... ela ficou triste (coisa que ela não admitia nem gostava ) Ela tentou voltar pro SEU casulo ...mas ele já não existia ! Ela havia se transformado, ela estava crescida e levemente ferida... Mas ela se sentia forte (ela sempre se sentiu assim ) ela achava que não precisava de ninguém, então cuidou de si mesma...com carinho... comprou algumas caixas especiais e raras onde colocou o seu passado. E ENTÃO...tratou suas feridas de uma forma doce, solitária, mas também madura ....
Quando se sentiu recuperada.... Ela voou novamente !!! Ela sempre gostou de ser feliz ! encontrou pessoas especiais viveu momentos únicos, vitoriosos, complicados, gloriosos, diferentes! ..... com a diferença que agora, ela conseguia ver mais beleza mesmo na imperfeição , porque assim ela aprendia , crescia e podia voar mais alto !!! ... e assim o tempo foi passando..... Ela se transformou em uma mulher.... ela amou novamente ...intensamente ....Porque ela amava estar amando !!!
Ela ficou adulta e mais transparente... as pessoas estranharam, disseram que ela tinha enlouquecido, estava estranha, querendo se mostrar demais e aparecer...
mas ela só estava se assumindo para os outros e principalmente para ela mesma (assim ela se sentia mais verdadeira e menos confusa)... assim ela se sentia mais leve e mais feliz ! Ela podia voar mais alto ! E assim ela seguiu em frente !

Hoje após ter vivido quase 30 anos, ela se sente muito mais jovem, viva , ela sabe que nem tudo são flores , mas ela adora desafios !!! Ela se sente forte, ela dá mais valor aos amigos... Ela só não gosta de precisar... (ela acha “precisar” uma palavra muito forte ...) Ela ainda é muito inquieta... (ela sabe bem disso !) - quer fazer milhares de coisas ao mesmo tempo, quer descobrir tudo o que desconhece, trabalhar, indagar, observar, dançar, se emocionar, viajar, meditar, comemorar, Amar... ....Aaaaah.......Amaaaaaaaar.......
Sim , ela está seeempre amando .... Ela é uma amante à moda antiga ....ela dá muito valor à demonstrações de afeto.... ela sabe o que gosta, o que é bom pra ela.... o quanto isso a fortalece ! .... e a vida fica mais interessante.
Ela só não gosta é de precisaaaar..... (acha “precisar”uma palavra muito forte...) mas que ela precisa .... ela precisa !!!... e lá no fundo ela sabe muito bem disso....
Neste momento ela está vivendo ainda mais intensamente !!! porque há muito o que desvendar, percorrer e revisitar, e ela já saiu do casulo faz tempo ! Suas asas estão cada dia maiores e mais fortes ....
Esse texto não é da minha autoria... não poderia deixar de dizer isso. She´s not me... or she is?

28 de setembro de 2008

Run Baby!


Do diário de bordo:
Ontem, meus primeiros 6km... ida e volta na beira-mar. Minha primeira resposta quando, ao começar na equipe, fui questionada sobre meus objetivos.
Sem pausas.
IIIIIIIIUUUUUUUUUUUUUPPPPPPPPPPIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Demorou, mas cheguei lá.... e, apesar de já ter outra meta, não posso deixar em branco esse momento... m u i t o satisfeita!
E o grande barato, na verdade, é tão somente saber QUE SIM, É POSSÍVEL, basta fazer as escolhas e seguir o caminho apontado por elas. Fatalmente se chegará... a qualquer lugar que se desejar.

25 de setembro de 2008


Se minha boca calasse, falariam por mim, os olhos.
Se meus olhos não dissessem nada, os meus atos colocariam a boca no trombone.
Ainda restarias as mãos, que tentariam um diálogo mudo.
O coração, que bateria mais forte.
O pensamento, que iria mais longe.
A imaginação, que voaria mais alto.
A esperança, que é a última que morre.
E a poesia, para falar de amor.