16 de agosto de 2007

A impontualidade do amor...


Não há momento certo para o amor... ele simplesmente acontece. Atender ao seu chamado ou não depende de cada um, mas esta decisão, infelizmente, não deixará consequências apenas na pessoa que fez a opção... Não há momento certo para o amor ou sempre é tempo para amar?... uma vez alguém disse que a vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida... e é isso mesmo. Depois do almoço de hoje, na conversa sobre os desvãos da paixão uma palavra de esperança, nessa coisa louca que é este sentimento, que toma, domina, comanda, quando menos se espera...
Ah! Não há tempo certo para o amor, nem para receber mensagens extremamente apropriadas, como esse texto da Martha Medeiros, logo pela manhã:

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois
pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar.
Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Triiiiiiiiiiiimmm!
É sua mãe...
Quem mais poderia ser?
Amor nenhum faz chamadas por
telepatia. Amor não atende com hora marcada.
Ele pode chegar antes do
esperado e encontrar você numa fase sem disposição para relacionamentos sérios.
Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você
desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta,
volver.
Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo...
... que você está de banho tomado e camisa jeans.
Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema.
Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros, sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio uma locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida.
O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa. O jeito
é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste.
Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro.
Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole.
O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: ... o amor é onipresente. Agora a segunda: ... mas é imprevisível.
Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados.
O amor odeia clichês.
Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro
da tarde... depois de uma discussão e... as flores vão chegar no dia que você
tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. ...



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